Por favor, não morra.

terça-feira, maio 28, 2019



Eu sei que a dor é grande, mas por favor, não morra.
Não morra, porque quando você morre a dor não acaba, ela se espalha.
Ela faz morada no coração de cada um que te amou, ama ou amará. Cria raízes profundas, impossíveis de se cortar.
Transforma-se em remorso, saudade, solidão. Cria hipóteses do que nunca foi, do que poderia ser e do que jamais será.

A dor não desaparece quando você morre, ela apenas se multiplica.

Eu sei o quanto dói, as vezes ainda dói em mim.
Naquele fatídico momento em que o despertador toca e os olhos enxergam cinza, e a boca come amarga, e os sons são sempre os mesmos.
São nesses dias que nada consegue amenizar o quanto dói e dói de verdade.

Esses dias também vão passar.

Então, por favor, não morra. Não se deixe morrer. Não se mate.
Eu posso jurar por Deus e por mim que existe uma chance em algum lugar, por mais impossível que possa parecer.
De-se uma chance de viver por mais uma canção de amor, por mais um filme adolescente melodramático e um beijo na chuva fina.
Insista por mais um pedaço da sua pizza favorita, para ouvir a risada do seu melhor amigo ou ouvir sua mãe pedir para levar o casaco porque vai esfriar.
Permita só mais um dia para visitar seu lugar favorito, vestir sua roupa mais confortável ou até mesmo viajar sem saber o destino.


Talvez seja pedir demais para que você não morra, mas por favor não morra.
... o mundo não vai saber continuar sem você, nem eu.



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