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segunda-feira, fevereiro 03, 2025



Da última vez que nos vimos eu tiver certeza que ainda havia algo ali.

Não sei dizer se é apenas uma nostalgia viva do passado que perdemos ou a lacuna que o nosso "e se" deixou para sempre entre nossas trocas de olhares.
Você não pode chegar muito perto e eu preciso me manter distante, dançamos nesse compasso estranho a valsa que nunca pudemos dançar de verdade.

É triste ver que tentamos preencher, sem demonstrar, todos os espaços vazios das perguntas que fazemos em silêncio, ansiando secretamente qualquer nota que ainda nos ligue um ao outro.
Algumas vezes nos esquecemos e somos apenas nós dois, como sempre, como nunca mais foi.

Você sabia que o bar da avenida se tornou uma igreja evangélica? Nunca fomos no karaokê.
Tem tantas coisas que você não sabe e eu poderia te contar.
Existe um universo inteiro sobre você que eu gostaria de saber.

Mas o que nos restas são as mesas desconfortáveis das conveniências das madrugas, onde podemos nos esconder atrás de desculpas e conversas cruzadas.
Onde podemos, por mais uma vez, deixar que o universo gira apenas em torno de nós dois.



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