Summertime Sadness
sábado, abril 22, 2017
Janeiro de 2014.
O verão quente reservava pequenas
surpresas boas e ruins. Ninguém quer assistir a pessoa que ama se transformar
em um monstro e perder o controle, ao mesmo tempo, todo mundo deseja salvar uma
alma perdida. Tive a oportunidade de lidar com as duas situações, todas naquele
janeiro confuso que me dizia muito pouco sobre os que viriam a seguir.
Mas a trilha sonora de todos os fatos era
a mesma.
Naquele verão eu quase fui embora, quase
desisti, quase comecei uma nova história. Não tive coragem, faltou força na
hora que precisei dizer adeus... Eu nunca quis dizer adeus.
Mais de três anos depois o clima está
frio, me lembra de outras épocas que ainda parecem felizes em minhas
recordações. A trilha sonora, porém, continua a mesma.
Não houveram despedidas, não existe forma
de por fim em uma história jurada a durar pela eternidade, não dá para arrancar
o curativo aos poucos, tem que ser um golpe único e rápido.
Luto contra meus pensamentos, contra meu
coração. Tento me apegar as mais recentes verdades que descobri, mas hoje é um
dia daqueles que eu sabia que existiriam, onde a saudade parece apagar a razão
e o corpo grita por sua droga.
Em janeiro de 2014 eu não imaginava o que
viria a seguir e em nenhum janeiro eu pude acreditar.
Ainda assim, como diz a música, deveria
ter acontecido um beijo inesquecível antes de ir embora de um mundo que se
desfaz.
E tudo isso grita em silêncio que não
existem finais felizes, só existem finais.
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