Eu e meus textos quase tristes
terça-feira, fevereiro 19, 2019
Encaro a folha de papel em branco.
Há muito barulho em meus pensamentos desorganizados.
Coloco música alta para sobressair a tudo que não se aquieta em minha mente, mas os pensamentos desorganizados continuam correndo mais rápido do que posso alcança-los.
Talvez eu precise dormir, talvez eu não sinta sono.
Talvez eu tenha fracassado comigo.
As perguntas silenciosas dentro de mim ecoam no mesmo ritmo da bateria das músicas. Aumento mais ainda o som e agradeço a Deus por não ter um carro.
E eu que achava que não era capaz de sentir nada, sinto agora que todo o peso do mundo desaba sobre meus ombros.
O preço por um único momento de fragilidade.
Talvez eu tenha fracassado com tudo.
Mas isso pouco importa, já é tarde da noite.
Já é tarde demais.
Sem arrependimentos, sem questionar, sem analisar. Viver é um ato de coragem, meus amigos, permitir-se se sentir, por outro lado, um ato de loucura e morte.
Quando você percebe, seu coração está rasgado em pedaços por não conseguir mais suportar um mundo inteiro de coisas que você tenta evitar, mas não pode.
Sentir-se derrotado.
Compreender que não tem força para mudar o que está fora do lugar, que não tem exército para lutar por uma guerra perdida. E todas as guerras foram perdidas nos útimos tempos.
Mãos e coração atados.
Imobilizados, incapazes de qualquer coisa que não seja assistir enquanto o castelo de cartas ruí sem deixar lembranças.
Talvez seja melhor assim.
Sempre é melhor assim.
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