Dois de abril de Dois Mil e Dezenove.
Eu me desinteresso por quem você é. Desinteresso-me quando você não atende as minhas expectativas (ou as minhas ligações). E faço questão mostrar que não me interesso se isso me faz vulnerável e exposto.Meu desinteresse me torna incrível e te diminui até que você suma.
É quase um prazer me desinteressar, assistir sua já tão fraca confiança se esvair em cada vez que eu te faço sentir especial, mas no fim não me interesso. Sempre que posso, te faço acreditar em meu interesse e, logo em seguida, esforço-me mais para desinteressar.
Você é um grande desinteresse, que prende todo o meu tempo neste jogo de interesses.
Será que você não percebe que eu não faço sentido algum?
Que quando eu digo que sim, mas sempre demonstro que não.
Ainda não entendeu?
As palavras mais bonitas carregam todo o vazio que posso depositar, porque não há verdade no que digo, como haveria? Não há verdade em mim.
Eu me divirto ao enganar a quem eu digo que amo.
É um prazeroso ir e vir em minha teia de palavras bonitas e atitudes frívolas, minha levianidade não é um pecado, mas um deleite.
Minha leveza desinteressada, minhas perguntas vazias de intenções reais, minha total incongruência.
P.S.: não se sinta especial, você não é a única , nem mesmo nisso você me interessa.
- terça-feira, abril 02, 2019
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